O uso de dilatadores nasais, tanto internos quanto externos, tem se mostrado uma estratégia eficaz no tratamento de distúrbios do sono, especialmente na redução da resistência das vias aéreas superiores. Esses dispositivos atuam aumentando o diâmetro das narinas, melhorando o fluxo de ar e, consequentemente, a oxigenação durante o sono. Estudos indicam que dilatadores nasais podem reduzir a resistência nasal em até 27%, promovendo uma melhora significativa na qualidade do sono em pacientes com obstrução nasal leve a moderada.
Quanto ao conforto, dilatadores externos (como fitas adesivas) são geralmente mais bem tolerados, enquanto os internos, embora discretos, podem causar desconforto em usuários mais sensíveis. A eficiência desses dispositivos é maior em casos de congestão nasal estrutural, mas limitada em situações de apneia obstrutiva do sono (AOS) mais grave. O que confirma que devemos considerar sempre questões anatômicas do parte inferior da face e pescoço, como mandíbula pequena e triangular, papada volumosa e pescoço largo e curto.
Para potencializar os resultados, a associação com aparelhos intraorais é uma abordagem recomendada. Esses aparelhos, que reposicionam a mandíbula e a língua, ampliam ainda mais a passagem das vias aéreas inferiores. Segundo a American Academy of Sleep Medicine, o uso combinado de dilatadores nasais e aparelhos intraorais pode melhorar em até 60% a eficácia no tratamento da AOS leve a moderada.
Apesar dos benefícios, é importante ressaltar que esses métodos não substituem a necessidade de avaliação médica especializada, especialmente em casos de apneia severa, onde a terapia com CPAP permanece o padrão-ouro.
Fazer um exame prévio do sono, como a polissonografia tipo IV que fazemos aqui na Clinica Baldan, nos traz informações fundamentais para o tratamento dos distúrbios. Começar o mais cedo possível a cuidar-se é colocar a sua saúde em primeiro lugar. É o que todos devemos desejar, não é mesmo?
